quarta-feira, 28 de julho de 2010

Relações sociais aumentam expectativa de vida

Relações sociais aumentam expectativa de vida

Um estudo realizado por professores da Universidade Brigham Young, em Utah, nos EUA, concluiu que as relações sociais -amigos, família, vizinhos e colegas- aumentam as chances de viver mais em 50%. A pesquisa foi publicada na revista científica PLoS Medicine.
Os pesquisadores analisaram dados de 148 estudos previamente publicados e mediram a frequência da interação humana e da saúde, controladas por um período de sete anos e meio, em média.
No entanto, o estudo não informa sobre a qualidade dos relacionamentos. "Os dados mostram simplesmente se as pessoas estavam integradas em uma rede social", informou a professora Julianne Holt-Lunstad, que liderou a pesquisa. "Isso significa que os efeitos das relações negativas são agrupados com as positivas. Eles estão todos juntos em média."
A professora disse ainda que há muitos fatores que ligam a presença de amigos e família a uma saúde melhor. "Quando alguém está ligado a um grupo e sente responsabilidade por outras pessoas, cuida melhor de si e corre menos riscos", afirmou Holt-Lunstad.
Segundo o outro líder do estudo, Timothy Smith, "esse efeito não é isolado em adultos mais velhos. Relacionamentos fornecem um nível de proteção em todas as idades".
As conveniências modernas e a tecnologia podem levar algumas pessoas a pensar que as relações sociais não são necessárias, alertou Smith. Mas segundo o professor, "a interação constante é benéfica não só para a saúde psicológica, como também para a física".
Em entrevista à Folha, o cardiologista e nutricionista Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, explicou que "todas as aceitações de prazer e bem-estar -como alegria, satisfação e realização- estão relacionadas à liberação de substâncias vasodilatadoras".
Por isso, quem tem mais sensações de prazer corre menos risco de sofrer uma doença cardíaca. "Quando uma pessoa fica nervosa, aumenta a produção de adrenalina no sangue, que tem ação vasoconstritora (contração dos vasos sanguíneos), o que provoca mais problemas no coração. Quem é mais relaxado, vive mais", afirmou o cardiologista.
O geriatra Luiz Antonio Gil Jr., diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Geriatria, também concorda que as relações sociais promovem benefícios. "A pessoa acaba se cuidando mais quanto tem um suporte social melhor."
Ele acredita que o contato com outras pessoas estimula o cuidado com a saúde, pois insere o indivíduo em atividades físicas e sociais. De acordo com Gil Jr., "as relações melhoram o humor, o que diminui o risco de depressão".

Maioria dos soropositivos tem relação estável e trabalha

Maioria dos soropositivos tem relação estável e trabalha

Um estudo realizado pela Casa da Aids do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) apontou que 60% dos pacientes com Aids atendidos têm um relacionamento afetivo estável, independente da orientação sexual.
A pesquisa ainda mostrou que 10% não revelam a doença ao parceiro.
Segundo o HC, dois terços dos infectados pelo HIV disseram ter relação com pessoas não portadoras do vírus. "Embora muitos falem para o parceiro sobre sua soropositividade, ainda há uma pequena parcela que tem dificuldade", disse a diretora da Casa da Aids, Eliana Gutierrez.
A maioria dos pacientes acompanhados pelo serviço tem 44 anos, em média, e é formada por homens que convivem há mais de dez anos com a doença.
Gutierrez também informou que o aparecimento dos antirretrovirais tornou a Aids uma doença crônica. 94% dos portadores do vírus que frequentam a Casa da Aids e fazem uso dos medicamentos avaliam o resultado do tratamento como bom, de acordo com o hospital.
Outro dado positivo do levantamento é que grande parte está integrada à sociedade produtivamente, pois apenas 16% estão desempregados. Apesar das complexidades trazidas pelo vírus -pelo uso do coquetel e pela idade- é possível dizer que a situação é muito melhor do que há 20 anos. "Hoje, os infectados pelo vírus já se permitem pensar no futuro", concluiu a diretora.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Empresa pode responder na Justiça por discriminação contra portador de HIV

Companhia não pode demitir ou rebaixar funcionário por causa da doença


Há mais de dez anos, a professora Mara Moreira não encontra um emprego. E, há três anos, ela não tem nenhuma fonte de renda.
- Você contrataria alguém que precisa faltar uma vez por semana no trabalho para fazer o tratamento?
Mara é portadora do HIV desde 1995. Ela contraiu o vírus de seu marido logo após o casamento, em dezembro de 1994. Menos de dois anos depois ele morreu. À época, Mara era estagiária em uma prefeitura do interior do Rio de Janeiro.
- Eu estava com emprego quase certo. Mas quando souberam do resultado, eles recusaram o emprego [referente à função que exercia].
Um levantamento feito pelo Unaids (Programa da Organização das Nações Unidas de combate à Aids) indica que 29% dos brasileiros não trabalhariam com portadores do HIV. Por causa do preconceito, o governo brasileiro proibiu, no fim de maio, as empresas do país de exigir o exame de HIV dos trabalhadores.
No caso de Mara, ela acabou conseguindo ser contratada pela prefeitura, mas para um outro setor.
- Me colocaram numa função que não tinha nada a ver com o que eu fazia. A desculpa é que era para eu fazer o tratamento.
Naquela época, Mara ainda não fazia o tratamento com o coquetel de remédios anti-HIV. E a função que passou a exercer, diz ela, era menos exigente e a mantinha mais isolada dos colegas.
A advogada trabalhista Isadora Petenon, do escritório Advocacia Celso Botelho de Moraes, diz que pessoas que sofrem com o mesmo problema de Mara podem recorrer à Justiça do Trabalho e exigir indenização por danos morais se forem rebaixadas de função por causa da doença.
Profissionais que forem demitidos por ter HIV podem entrar com ação para pedir a recontratação, diz Isadora.
– Jamais alguém pode ser demitido por ter uma doença como a Aids, mas é preciso que fique configurado que a demissão ocorreu por causa da doença. Se a empresa fez um corte de vários funcionários, incluindo o portador do HIV, ou nem sabia que ele tinha Aids, não é o caso.
A empresa também pode ser responsabilizada por crimes como calúnia, que prevê prisão de seis meses a dois anos e multa, ou difamação (prisão de três meses a um ano e multa), caso esteja ciente da existência do preconceito por parte de um funcionário e não tome atitudes para resolver o problema.

De acordo com o advogado trabalhista Livio Enescu, conselheiro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a empresa é responsável pelo ambiente de trabalho e pode ter problemas com a Justiça mesmo que a agressão tenha ocorrido fora da sede da companhia.
Para provar a irregularidade, o soropositivo vai precisar recolher provas e convencer colegas a serem testemunhas da discriminação, diz o especialista.
– Ele vai ter que provar que ficou abalado com a situação, chamar testemunhas e também selecionar provas materiais, como e-mails trocados sobre o assunto, porque muitas vezes os chefes mandam mensagens horrorosas hoje em dia. Vale também imprimir possíveis recados deixados no Orkut ou no Facebook, por exemplo.

Com HIV, sem trabalho, sem benefício
Depois de quatro anos, com a mudança de prefeito, Mara foi demitida. Ela passou a receber o auxílio-doença do INSS, que lhe garantia uma renda de um salário mínimo. Mas, depois de receber o benefício por sete anos, ela perdeu esse direito.
- Após sete anos, se você não teve uma doença oportunista [como uma tuberculose], você perde o benefício, independente da carga viral. Nem minha falência terapêutica não importa para eles.
Atualmente o organismo de Mara já criou resistência para alguns dos antirretrovirais, período chamado de falência terapêutica.
- Todos os medicamentos que já usei não estão fazendo mais efeito. Por isso, minha médica me fez trocar todos os remédios. E mesmo assim não consigo arrumar meu benefício nem arrumar emprego.
A advogada Aurea Celeste Abbade, presidente-fundadora do Gapa (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids), instituição que presta assistência psicológica, jurídica e social para portadores da doença, diz que o caso de Mara não é uma exceção.
- Não sei se é ignorância, falta de conhecimento das formas de transmissão. Toda semana temos três, quatro pessoas que foram despedidas por discriminação. Temos vários processos. Muitas vezes conseguimos provar, outras não.
Segundo ela, há situações em que as empresas demitem os portadores, mas encontram outras razões para justificar a demissão.
- Já aconteceu em dois bancos grandes. Eles dizem que as pessoas perderam a produtividade. Arranjam outras desculpas. Eles pagam tudo e às vezes até dão uma coisa a mais. Tivemos um caso que a empresa deu R$ 700 mil a mais [para o ex-funcionário].

Falar de Aids diminui o preconceito
A médica norte-americana Amy Nunn, professora da Universidade Brown, nos Estados Unidos, e autora do livro The Politics and History of AIDS Treatment in Brazil (A Política e a História do Tratamento contra a Aids no Brasil), lançado no ano passado, diz que esse tipo de preconceito atinge a maior parte do mundo, e não só o Brasil. Para ela, é necessário falar abertamente sobre a doença.
– A melhor forma de lidar com o estigma é continuar falando sobre HIV/Aids para que pessoas não tenham medo de fazer o exame ou de revelar que têm HIV ou de ficar perto de pessoas infectadas pelo vírus. O Brasil faz um ótimo trabalho com campanhas para desestigmatizar a Aids.
Entretanto, para Aurea, esse tipo de ação deveria ser intensificado.
- Para diminuir o preconceito, cabe ao governo fazer campanhas educativas, falando sobre os meios e formas de transmissão. Mas não pode fazer apenas uma vez por ano. Em geral as campanhas ocorrem no Carnaval e no dia 1º de dezembro [Dia Mundial de Luta Contra Aids]. Precisamos também de campanhas dentro das empresas.



Fonte - http://noticias.r7.com/saude/noticias/empresa-pode-responder-na-justica-por-discriminacao-contra-portador-de-hiv-20100726.html

domingo, 25 de julho de 2010

Conferência da Aids termina pedindo mais direitos e prevenção

 Após seis dias de encontro, 248 sessões e centenas de atividades paralelas, a Conferência Internacional Aids 2010 termina nesta sexta-feira com destaque para os direitos humanos, a prevenção e a universalização do tratamento aos portadores do HIV.
Mais de 16.000 delegados, 850 especialistas e 95 ONGs debateram desde domingo as estratégias para frear a disseminação da doença, que afeta 33 milhões de pessoas no mundo todo. A cada dia, 7.400 pessoas são infectadas pelo vírus que deixou 2 milhões de mortos em 2008.
"A conferência é um começo para discutir, enfocar e enfatizar a Europa Oriental, Ásia Central e os problemas ali", disse hoje Brigitte Schmied, copresidente do encontro, em relação à importância dada às regiões do mundo onde a doença se expande com mais rapidez.
Para Schmied a conferência, que foi "muito viva", trabalhou três pontos essenciais: o acesso ao tratamento universal para todos os infectados pelo HIV, a importância dos direitos humanos na luta contra a Aids e a melhora na prevenção.
Em relação aos direitos humanos, a conferência teve como documento oficial a chamada Declaração de Viena, na qual se adverte que a criminalização e a repressão como estratégias de luta contra a droga e a toxicomania estão "alimentando" a epidemia do HIV.
Nesse sentido, Schmied aposta em políticas de redução de danos, como a mudança de seringas, as drogas de substituição e, no geral, uma aproximação cientista e não penal do tema.
No encerramento da conferência, a declaração foi assinada por 12.725 pessoas.
Por sua vez, o presidente do encontro, Julio Montaner, alertou sobre a queda prevista das contribuições ao Fundo Mundial Contra a Aids pelos países industrializados.
Montaner acusou o Grupo dos Oito (G8, países mais ricos e Rússia) de "traição" pela previsível queda das contribuições.
"Quando faltou dinheiro para pagar os banqueiros ou a indústria automotivo, eles encontraram em seguida, porque são amigos das empresas. Encontramos o dinheiro para Wall Street, e aconteceu o derrame de petróleo no Golfo do México, também se encontraram fundos", disse o médico canadense de origem argentina.
Foram os países mais ricos os que encabeçaram a criação do Fundo Mundial Contra a Aids, a Tuberculose e a Malária, que no período 2008-2010 contava com US$ 10 bilhões para combater o HIV.
Para os anos 2011 a 2013, o Fundo pede entre US$ 13 milhões e 20 milhões.
Manfred Nowak, relator especial da ONU sobre a tortura, se referiu hoje à falta de vontade política de muitos governos para resolver o grave problema da Aids nas prisões.
As más condições de vida nos centros penitenciários de muitos países, com carência de assistência médica, seringas e preservativos, faz com que a taxa de prevalência da Aids seja muito elevada.
Nowak lembrou que 30 milhões de pessoas entram e saem das prisões a cada ano, muitas delas infectadas com o HIV, o que "não é só um problema de saúde nas prisões, mas de saúde pública" em geral.
"Elas estão privados de liberdade, mas não de direitos humanos", lembrou o especialista.
A conferência de Viena entrega o testemunho da organização deste evento bienal a Washington, que receberá a reunião sobre a doença em 2012.
Após o fim do fórum, o professor de medicina ugandense Elly Katabira assume a Presidência da Sociedade Internacional da Aids (IAS, na sigla em inglês), até 2012. 

Conferência sobre Aids termina com promessa de acesso universal a tratamentos

 A 18ª Conferência Internacional sobre Aids foi concluída nesta sexta-feira, em Viena, com uma mensagem de Barack Obama afirmando que a ajuda concedida pelos Estados Unidos à luta contra a Aids prosseguirá.
A mensagem gravada do presidente americano foi divulgada na cerimônia de encerramento da conferência.
Obama relembrou que os créditos do Fundo de Ajuda Presidencial (Pepfar) haviam aumentado e que o orçamento 2011 "havia sido o mais importante até o momento".
"Trabalharemos para evitar mais de 12 milhões de novas infecções. Vamos oferecer ajuda direta a mais de quatro milhões de pessoas em tratamento e auxiliar mais de 12 milhões de pessoas, entre elas cinco milhões de crianças e órfãos, a receber os cuidados de que tanto precisam", disse o presidente, que também pretende contribuir para uma redução considerável do número de bebês contaminados pelo vírus.
Os participantes da conferência, que reuniu durante seis dias em Viena cerca de 20.000 pessoas, ouviram também mensagem da secretária de Estado americana Hillary Clinton, afirmando que "a saúde era um direito do homem".
Em outra mensagem, o bispo sul-africano Desmond Tutu destacou que "o tratamento deve ser não somente disponível, mas acessível".
O prêmio Nobel da Paz de 1984 pediu ao presidente Obama que não reduzisse o financiamento da luta contra a Aids, em um artigo publicado nesta semana pelo New York Times.
Durante seis dias, os pesquisadores, especialistas, dirigentes de organizações de 197 países discutiram a discriminação aos soropositivos, o tratamento para todos, novas ferramentas de prevenção como os microbicidas, e problemas financeiros que encontram aqueles que lutam contra a Aids.
"O desafio não é encontrar dinheiro, mas mudar as prioridades", disse o presidente da Sociedade Internacional da Aids (IAS), organizadora da conferência, o canadense Julio Montaner.
"Quando se tem uma crise em Wall Street, bilhões e bilhões de dólares são rapidamente mobilizados. (...) A saúde das pessoas merece uma resposta financeira equivalente e uma prioridade muito mais elevada", disse.
Montaner pediu à esposa do presidente francês, Carla Bruni-Sarkozy, que "defende fortemente" o acesso universal aos tratamentos, para "garantir que seu marido se torne também um defensor determinado desta posição sobre a Aids, quando a França acolher a cúpula do G8, ano que vem". 

Veja sugestões para fortalecer o sistema imunológico contra a gripe

 Se não é a umidade baixa, é a temperatura que cai. Nesta época, o que aumenta é o número de vírus em circulação e de internações por doenças respiratórias.
Em São Paulo, nos últimos dois anos, essas internações aumentaram, em média, 50% entre maio e agosto, mostra levantamento da Secretária de Estado da Saúde.
 Quem quer fugir da estatística procura se proteger com medidas que vão de se entupir de vitamina C a limpar constantemente as mãos com gel antisséptico.
"Não há comprovação que superdoses de vitamina C evitem a contaminação. Já lavar as mãos é indicado. Mas água e sabão são tão eficazes quanto o gel", diz Ricardo Tardelli, coordenador estadual de Saúde.


EFICÁCIA IMUNOLÓGICA

"Não existe isso de criar um supersistema imune. Mas algumas medidas podem favorecer sua eficiência", afirma o imunologista Luiz Vicente Rizzo, do hospital Albert Einstein.

Dormir, por exemplo. "Quando dormimos, liberamos substâncias que ativam o sistema de defesas do corpo, como a melatonina", diz Rizzo. Fundamental para a imunidade, a melatonina só é liberada em quantidade na ausência de luz.
Assim como precisa de escuridão, o sistema imunológico precisa de luz e sol.
Um estudo recente da Unidade de Pesquisa em Imunidade e Prevenção de Doenças, dos EUA, mostrou que pessoas que tomam pouco sol e têm concentração menor de vitamina D estão mais sujeitas a infecções.
Além da vitamina D, os nutrientes da vez são o zinco e a vitamina E.

Um estudo feito com 600 idosos de Boston conclui que o consumo diário de 200 UI (unidades internacionais) de vitamina E diminui em 20% o risco de gripes e pneumonia.

No mesmo estudo, publicado no "American Journal of Clinical Nutrition", os pesquisadores constataram que as pessoas com bons níveis de zinco no sangue apresentavam 50% menos chance de ter pneumonia.



ESTRESSE

Para Esdras Guerreiro Vasconcellos, diretor do Instituto Paulista de Stress, Psicossomática e Psiconeuroendocrinoimunologia, as reações hormonais desencadeadas pelo estresse são uma das principais causas da chamada "baixa de imunidade".

Medidas antiestresse têm mostrado uma ação específica no sistema imunológico.
A massagem é uma delas. Pesquisas feitas com pessoas em condições de baixa imunidade -adolescentes com Aids, mulheres com câncer de mama e bebês prematuros- mostram que, após sessões de massagem, a quantidade de células de defesa no sangue aumenta.


REMÉDIOS

Medicamentos são importantes para controlar infecções por bactérias e diminuir sintomas de viroses. Quando bem indicados. Caso contrário, trabalham contra o sistema imunológico.

"Usar antibiótico sem indicação altera o equilíbrio da flora intestinal, facilitando o aparecimento de fungos e infecções", diz Tardelli.
Remédios sintomáticos para gripe também podem atrapalhar. "Eles melhoram sintomas como excesso de coriza. Mas também secam o muco respiratório, o que pode, em tese, interferir nos mecanismos naturais de defesa", pondera Tardelli.
A mesma tese se aplica aos antitérmicos. Como o aumento de temperatura corporal é uma forma de o corpo se defender, o ideal é não "abortar" a febre assim que a temperatura começar a subir. "É melhor não usar o remédio se a febre estiver abaixo de 38º", recomenda Tardelli.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/772350-veja-sugestoes-para-fortalecer-o-sistema-imunologico-contra-a-gripe.shtml

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Aumento dos soropositivos com mais de 60 anos preocupa especialistas

Aumento dos soropositivos com mais de 60 anos preocupa especialistas

 O sensível crescimento do número de soropositivos com mais de 60 anos de idade previsto para os próximos anos representa um desafio médico e social dadas as dificuldades de vários tipos, em particular as financeiras, que devem ser enfrentadas por essas pessoas.
O tema se torna cada vez mais preocupante à medida que a primeira geração de soropositivos está se aproximando dos 60 anos graças ao uso de antirretrovirais.
Esses pacientes vivem principalmente em países ocidentais, nos quais foi colocado à disposição este tipo de terapia a partir de 1996. A eles se somarão dentro de alguns anos milhões de pessoas que vivem em países pobres e nos quais o uso de antirretrovirais teve início apenas em meados da década passada.
A Aids ficou conhecida em 1981. Antes de serem desenvolvidos os tratamentos com antirretrovirais, os soropositivos no geral terminavam ficando doentes dentro de uns dez anos e morriam um ou dois anos depois disso.
Para muitos dos soropositivos que agora estão chegando a idades mais avançadas, viver com o HIV provavelmente acarretará problemas médicos, solidão, opróbrio e dificuldades financeiras, segundo uma palestra durante a Conferência Internacional sobre a Aids em Viena.
"Sempre houve soropositivos mais idosos, mas agora são muitos mais, e isso poderá ter enfoques novos em termos de saúde pública", estimou o diretor da ONUAids, Gottfried Hirnschall.
"Envelhecer com o HIV é mais que um desafio clínico, é também um desafio social, que não se deve limitar a uma parte do mundo", acrescentou.
Para Lisa Power, da organização de beneficência britânica, Terrence Higgins Trust, apesar de os soropositivos viverem mais tempo do que antes, sua qualidade de vida corre o risco de deteriorar-se.
Essa organização entrevistou 410 soropositivos de mais de 50 anos de idade que residem no Reino Unido. Os mesmos estão geralmente desempregados e têm poupanças inferiores às das pessoas da mesma idade e saudáveis, depois de ter previsto morrer antes de chegar a uma idade tão madura e, por isso, ter poupado menos.
Muitos deles vivem isolados, temem sofrer uma dupla discriminação pela idade e a doença e estão obcecados pelo dia em que serão internado num hospital ou em uma casa para idosos.
Um estudo apresentado por Margaret Hoffman-Terry da organização independente americana American Academy of HIV Medicine inclui números que evidenciam a existência desses problemas.
Nos Estados Unidos, o número de soropositivos de mais de 50 anos de idade passou de 20.000 em 1995 a 120.000 em 2005.
As pessoas com mais de 55 anos têm três vezes mais possibilidades de padecer uma doença crônica que uma pessoa saudável de 70 anos, segundo Hoffman-Terry.
"No futuro, teremos pacientes que viverão décadas a mais e deveremos encontrar a forma com que possam fazer isso com boa saúde", concluiu. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/770840-aumento-dos-soropositivos-com-mais-de-60-anos-preocupa-especialistas.shtml

domingo, 18 de julho de 2010

Cientistas mostram otimismo sobre vacina contra a AIDS



WASHINGTON (Reuters) - Ativistas e especialistas em Aids que se reúnem em Viena neste fim de semana para uma conferência sobre a Aids vão ouvir sobre os progressos na proteção das pessoas contra a doença. Não é esperado nenhum anúncio sobre a descoberta de uma possível vacina, mas pesquisadores estão mais esperançosos hoje do que antes de que a vacina é possível.
Eles apenas precisam escolher o melhor caminho para isso. "Houve um renascimento da vacina da Aids", afirmou Seth Berkley, presidente da Iniciativa Internacional de Vacina para Aids.
Dois estudos publicados no ano passado aumentaram bastante as esperanças para uma vacina. Um, divulgado em setembro último, é sobre a combinação de duas antigas vacinas que abaixou o índice de infecção em um terço depois de três anos. A pesquisa foi realizada com 16 mil voluntários tailandeses.
No segundo estudo, publicado neste mês, pesquisadores descobriram anticorpos humanos que podem oferecer proteção contra vários vírus da Aids.
"Estou mais otimista sobre uma vacina agora do que estive nos últimos dez anos", diz Gary Nabel, do Instituto Nacional de Alergias e Infecções dos Estados Unidos. Ele liderou o segundo estudo.
O vírus da Aids infecta 33,4 milhões de pessoas no mundo, segundo as Nações Unidas. Ele matou mais de 25 milhões.
As recentes pesquisas têm ajudado a diminuir o campo onde os cientistas devem se concentrar para desenvolver a vacina.
Um caminho pode ser refazer o teste da pesquisa com tailandeses. Pode ser mais fácil verificar resultados se a vacina for testada em pessoas com alto risco de infecção, e não em voluntários comuns.
MAIS ANOS DE PESQUISA
Algum tipo de vacina deve ser testada na África do Sul por volta de 2013 ou 2014, segundo Berkley, mas nada impede que daqui mais uns anos pesquisadores tenham outra vacina que não funciona.
Isso tem amedrontado as grandes indústrias farmacêuticas, que têm deixando as pesquisas para institutos, governos e pequenas empresas. Com orçamentos apertados, a pesquisa tem que ser focada. A maior esperança, diz Berkley, é uma vacina que pode ativar proteínas do sistema imunológico chamadas anticorpos neutralizadores.
Por isso que os pesquisadores ficaram tão animados com os resultados do instituto norte-americano neste mês.
Eles encontraram anticorpos no sangue de algumas pessoas cujos corpos produziram as defesas depois que foram infectados com HIV. Dois deles se vincularam e neutralizaram 90 por cento das mutações do HIV.
Os pesquisadores conseguiram congelar um dos anticorpos no processo de ligação para neutralização do vírus, obtendo uma imagem em nível atômico do momento em um processo chamado cristalografia por raios-X.
Ser capaz de "ver" como a estrutura se parece pode permitir aos pesquisadores projetar uma vacina usando um processo chamado desenho racional de vacina, semelhante a uma técnica usada para produção de medicamentos, disse Nabel.
Algumas pequenas companhias de biotecnologia também acreditam que podem ter respostas. A norueguesa Bionor está testando uma vacina chamada Vacc-4x, produzida com peptídios, pequenas porções da proteína do vírus da Aids.
Bionor não planeja desenvolver uma vacina para proteger as pessoas do HIV, mas pretende encontrar uma forma de livrar as pessoas de coquetéis de droga contra AIDS chamados de terapia antiretroviral altamente ativa, ou HAART.
Sete anos depois de vacinar os pacientes contaminados com HIV, eles ainda estão produzindo anticorpos contra o vírus, disse o doutor Per Bengtsson, vice-presidente sênior da Bionor, em recente entrevista à Reuters. Detalhes de mais estudos serão apresentados na conferência sobre HIV em Viena, na próxima semana.

Grupo estima que custo anual com Aids pode chegar a US$ 35 bilhões

LONDRES (Reuters) - A Aliança Internacional HIV/Aids alertou neste sábado que o custo anual de combate à epidemia de HIV deve alcançar os US$ 35 bilhões em 2030 se os governos não investirem corretamente em medidas de prevenção.
Na véspera de uma conferência internacional sobre a Aids em Viena, o grupo afirmou que o vírus da Aids, que já infecta cerca de 33,4 milhões de pessoas no mundo, é uma "custosa bomba relógio" para famílias, governos e doadores.
"Para cada duas pessoas que recebem tratamento, cinco outras são infectadas. A essa taxa, o gasto com HIV vai subir de US$ 13 bilhões agora para entre US$ 19 bilhões e US$ 35 bilhões em um espaço de tempo de 20 anos", disse Alvaro Bermejo, diretor executivo da aliança.
A aliança reúne grupos de caridade e de combate à doença ao redor do mundo.
Bermejo afirmou que autoridades encarregadas por programas de combate à doença no mundo precisam aumentar a prevenção ao reduzirem as barreiras que impedem que grupos marginalizados --usuários de drogas, prostitutas e homossexuais-- recebam tratamento e serviços para a doença.
Se as autoridades direcionarem os recursos para aqueles grupos mais afetados elas "vão reduzir o ritmo de novas infecções e ainda vão economizar dinheiro para aumentar a escala do tratamento".
O vírus de imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids, é transmitido durante o sexo, pelo sangue e por agulhas e leite materno. Ele gradualmente reduz as defesas do organismo e pode levar vários anos para causar os sintomas. O vírus matou 25 milhões de pessoas desde que a pandemia começou no início da década de 1980.
Na África, região mais afetada pela doença com cerca de 67% da população convivendo com o vírus, o grupo percebe uma tendência cada vez maior de criminalização de homens que fazem sexo com outros homens em países como Uganda e Malawi.
Os dados mais recentes, de 2008, mostram que o número anual de novas infecções de HIV estava em 2,7 milhões, o mesmo de 2007. Em 2001, a taxa era de 3 milhões.

Fonte: Universo Online

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A História da Fita Vermelha...

O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a Aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de Nova York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de Aids. A Atriz Elizabeth Taylor patrocinou a confecção do símbolo.


O Visual Aids tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão do vírus, divulgar as necessidades dos que vivem com o HIV/Aids e angariar fundos para promover prestação de serviços e pesquisas.


O laço vermelho foi escolhido pela sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo.


Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991.


Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda. Por sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força, seu significado. Mas, ao contrário disso, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a Aids, reforçando a necessidade de ações, pesquisas e, principalmente, de solidariedade aos que convivem com o HIV/Aids.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Atividades de junho 2010

Olá, amigos
Como estão?
Escrevo-lhes para passar algumas informações das atividades que fizemos no mês de junho/10:
- Fórum LGBTT - Participamos do Fórum LGBTT pela segunda vez, nosso objetivo e fortalecer nosso vinculo com outras ONGs que trabalham no segmento LGBTT e fazer possíveis parcerias.
- VIII Congresso Nacional de HIV/AIDS e Hepatites Virais – Participamos representados pelo  Alexandre do Congresso, ocorrido em Brasília, de vários cursos, além de dar visibilidade a nossa ONG. Neste Congresso, aconteceu a aproximação com o Fórum das ONG’s-AIDS do Estado de São Paulo, onde aconteceu o convite para participarmos efetivamente deste âmbito de discussão.
- Filiação ao Fórum das ONG´s-AIDS do Estado de São Paulo que é uma iniciativa pioneira e bem sucedida de controle social em HIV e AIDS. A participação neste fórum tem como objetivo nos aproximar de outras ONG’s, bem como fortalecer nossa posição quanto a missão da Vanguarda. Neste ponto tivemos o apoio da nossa associada Vera, a qual gostaríamos de agradecer.
 - Planejamento de Atividades de difusão e obtenção de voluntários e associados em São Paulo.
Para o mês de julho pretendemos realizar algumas atividades e gostaríamos da participação de vocês. Algumas são:
- Reuniões para voluntários em São Paulo e Atibaia – Nesta reunião definiremos o que cada um Quer e Pode fazer como voluntário e possível associado.
- Participação nas atividades do Fórum ONG-Aids em São Paulo e Araçatuba.
- Campanha permanente de voluntários e associados.
- Campanha para obtenção de uma sede em Atibaia e para a sub-sede em São Paulo.
 Reiterando o convite, gostaríamos de contar com a participação de vocês da forma que puderem para o crescimento da Vanguarda. Acreditamos na máxima: “A união faz a força!”, porém para que ela funcione temos que colocar as mãos na massa.
Atenciosamente,

Vanguarda da Esperança
Twitter - @vanguardaesper

Denúncias contra a homofobia em São Paulo

Três canais estão a disposição dos cidadãos em São Paulo para denunciar casos de homofobia.

A Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual fica na Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania (Largo do Páteo do Colégio, 184, térreo, Centro) e recebe denúncias pelo telefone 3291-2700 e também pelo e-mail diversidadesexual@sp.gov.br.

O Núcleo de Combate à discriminação, Racismo e Preconceito, localizado na Defensoria Pública do Estado de São Paulo (Avenida Liberdade, 32, sala 3, 7º andar), atende pelo 3101-0155 e núcleo.discriminação@dpesp.sp.org.br.

E a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, da Secretaria de Segurança Pública (Rua Brigadeiro Tobias, 527, 3º andar, Luz), recebe denúncias pelo 3311-3556 e delitosintolerancia@ig.com.br.

ONGs/Aids do Estado de São Paulo criticam descaso de políticos com projeto de lei

O Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo critica a demora para a aprovação do PL. “É muito difícil conseguir colocar a aids na pauta do dia na Câmara dos Deputados, o que acaba sendo descaso dos políticos”, disse o presidente da organização, Rodrigo Pinheiro. 

Se houver aprovação, o PL deve passar ainda pelo Senado e depois pela Presidência da República.

A reportagem da
Agência de Notícias da Aids procurou pelo líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro, e pelo presidente, Michel Temer (PMDB-SP). As assessorias de imprensa de ambos informaram não existir ainda uma data prevista para a inclusão do PL na pauta da casa. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), não foi localizado. De acordo com o Fórum, os ativistas já solicitaram apoio destes políticos no tema.

Segundo o site da Câmara, os deputados Chico D'Angelo (PT-RJ), Eduardo Amorim (PSC-SE) e Iran Barbosa (PT-SE) fizeram requerimentos pedindo a inclusão do PL na pauta do dia.

Caso a lei seja sancionada, as pessoas vivendo com o vírus HIV não poderão sofrer nenhum tipo de discriminação. Por exemplo, a pessoa que impedir, recusar ou cancelar a inscrição de uma criança com HIV em uma creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, será penalizada. Negar emprego, segregar no ambiente de trabalho, divulgar a condição de um portador e exonerar ou demiti-lo de seu cargo também são exemplos que poderão ser crime.

O que o Projeto de Lei 6124/05 prevê:

Pena: de um a quatro anos de detenção

O que será considerado crime:
- Promover qualquer ato de distinção;
- Promover exclusão ou restrição;
- Dificultar a inscrição ou impedir a permanência de alunos portadores do HIV em escolas e creches;
- Promover a discriminação dos soropositivos em ambientes de trabalho;
- Exonerar ou demitir um portador do vírus de seu cargo ou função;
- Discriminar um portador em seu ambiente profissional;
- Divulgar a condição de um portador do HIV ou de doente de aids com o intuito de ofender-lhe a dignidade ou sem sua autorização;
- Recusar ou retardar o atendimento de saúde ao paciente.

Rodrigo Vasconcellos - Agência de Notícias da Aids