Prevenção


Que cuidados devem ser tomados para garantir que a camisinha masculina seja usada corretamente?
 Abrir a embalagem com cuidado - nunca com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la. Colocar a camisinha somente quando o pênis estiver ereto. Apertar a ponta da camisinha para retirar todo o ar e depois desenrolar a camisinha até a base do pênis. Se for preciso usar lubrificantes, usar somente os à base de água, evitando vaselina e outros lubrificantes à base de óleo. Após a ejaculação, retirar a camisinha com o pênis ainda ereto, fechando com a mão a abertura para evitar que o esperma vaze de dentro da camisinha, e dar um nó no meio da camisinha para depois jogá-la no lixo. Nunca usar a camisinha mais de uma vez. 
Além desses cuidados, também é preciso certificar-se de que o produto contenha a identificação completa do fabricante ou do importador. Observe as informações sobre o número do lote e a data de validade e verifique se a embalagem do preservativo traz o símbolo de certificação do INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, cuja finalidade é atestar a qualidade do produto. Não utilize preservativos que estão há muito tempo guardados em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou porta-luvas de carro, pois ficam mais sujeitos ao rompimento. Utilize somente um preservativo por vez, já que preservativos sobrepostos podem se romper com o atrito.


Quando a camisinha estoura, que atitude deve ser tomada?
 Sabe-se que a transmissão sexual do HIV está relacionada ao contato da mucosa do pênis com as secreções sexuais e o risco varia de acordo com diversos fatores, incluindo o tempo de exposição, a quantidade de secreção, a carga viral do(a) parceiro(a) infectado(a), a presença de outra doença sexualmente transmissível, entre outros. Sabendo disso, se a camisinha se rompe durante o ato sexual e há alguma possibilidade de infecção, ainda que pequena (como, por exemplo, parceiro de sorologia desconhecida), deve-se fazer o teste após 90 dias para que a dúvida seja esclarecida.
A ruptura da camisinha implica risco real de aquisição da infecção por HIV. Independente do sexo do parceiro, o certo é interromper a relação, realizar uma higienização e iniciar o ato sexual novamente com um novo preservativo. A higiene dos genitais deve ser feita da forma habitual (água e sabão), sendo desnecessário o uso de substâncias químicas, que podem inclusive ferir pele e mucosas, aumentando o risco de contágio pela quebra de barreiras naturais de proteção ao vírus. A lesão de mucosas genitais pode implicar um risco adicional,  pois, caso signifique presença de uma doença sexualmente transmissível, como a gonorréia, o risco de aquisição da aids aumenta. Na relação anal, mesmo quando heterossexual, o risco é maior, pois a mucosa anal é mais frágil do que a vaginal.