Abordagem que combina duas drogas pode ser centenas de vezes mais eficaz do que terapias existentes, dependendo da cepa do HIV
Cientistas da University of
California, nos Estados Unidos, desenvolveram um inibidor químico é
eficaz no combate a infecção pelo vírus da AIDS.
"Precisamos
de um arsenal bastante amplo de drogas contra o HIV porque o vírus é
sempre mutante. As drogas se tornam menos eficazes com o passar do
tempo", a pesquisadora responsável pelo projeto Patricia Liwang .
O
inibidor Liwang, uma nova combinação de duas drogas já existentes, tem
uma força que pode ser até centenas de vezes melhor do que a das drogas
existentes, dependendo da cepa do HIV. O inibidor funciona impedindo o
HIV de entrar nas células de uma pessoa em duas etapas diferentes da
entrada viral. A chamada "inibição de entrada" está na vanguarda das
novas estratégias para parar o vírus. Outros inibidores existentes têm
estratégias diferentes, como impedir que o HIV de realizar atividades
como replicar ou integrar o genoma humano.
Há centenas de diferentes cepas de HIV e o vírus sofre mutações quando fica dentro do corpo de uma pessoa.
"No
entanto, como esta droga é uma combinação de dois inibidores, seria
quase impossível para um vírus realizar uma mutação para que não fosse
atingido por qualquer um destes medicamentos", explicou LiWang.
O
inibidor é uma proteína especial produzida a partir de uma bactéria
inofensiva, que permite que grandes quantidades sejam feitas. O inibidor
poderia ser adicionado a um creme vaginal que a mulher poderia aplicar
para proteger-se contra os vírus. Apesar de os preservativos protegerem
contra o HIV, muitos homens na África subsaariana e outras áreas não as
utilizam, e as mulheres muitas vezes não têm uma escolha na decisão.
Embora
a descoberta seja promissora, é preciso mais testes e desenvolvimento
antes que o inibidor possa ser comercializado. O próximo passo é ver se
ele causa inflamação ou quaisquer efeitos secundários.
Fonte: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/22470/ciencia-e-tecnologia/inibidor-quimico-e-eficaz-contra-infeccao-pelo-virus-da-aids
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